sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Cap.: 02 - O humanoide marrom

Bom, ontem, assim que acordei, me alonguei bastante, afiei minha Rapier na ponta do poço onde eu estava encostado. Bebi bastante água dali mesmo e fui explorar mais a fundo aquele bueiro seboso. Já havia melhorado minha habilidade em manejar espadas, estava relativamente fácil enfrentar os ratos sozinho, até o momento em que ao descer mais alguns andares, eu encontro um rato mais rechonchudo, mais escuro, um pouco maior.. parecia um rato de caverna mesmo, aqueles bem primitivos. Eles eram um pouco mais forte, mas me davam mais experiência ao mata-los. Ontem mesmo eu consegui alcançar meu level 3.

Tom o curtidor, Rookgaard
Por falar em ratos, hoje descobri um comerciante maluco que compra ratos e outros bichos mortos, o quê? Pra quê ele compra bichos mortos? Enfim, O nome dele é Tom, conversei bastante com o Tom,  ele disse que compra para tirar a pele, disse também que um velho aventureiro costumava guardar alguns itens perto de um papel estranho pendurado na parede do subsolo do estábulo que fica exatamente em frente a loja dele. Fui até lá pra dar um confere, era uma sala bem pequena, tinha um jarro abandonado por lá e um rato, matei o rato facilmente e já avistei a parede com o papel pendurado, voltei no Tom e perguntei o que deveria fazer, logo descobri que embaixo de uma tábua solta no chão havia um vestimento melhor que a minha Jaqueta, era um tecido de dupla costura de cor vermelha, eu tinha adorado aquela nova roupa! Me sentia um pouco mais seguro a vestindo. Depois passei na loja dele para agradecer e vender mais alguns ratos, inclusive acho que ele tinha perguntando se eu tenho dó dos ratos, não cara, não tenho! Eles me atacaram!

OK, level 3, com uma vestimenta melhor, já sei manejar minha espada com mais facilidade, estoquei alguns alimentos, peguei bastante água e lá fui eu atravessar a ponte do norte que o Jaker havia me dito. Passei por um guarda com uma roupa toda de cor cinza chamado Dallheim, conversei rapidamente com ele que se prontificou para ajudar se necessário, dizendo que tinha poderes de salvar os mais necessitados. Desci a escada da ponte e vi que o  ambiente já era diferente, já não havia tanto cimento no chão, o caminho era marcado com terra batida pela constante passagem de pessoas. Havia uma plantação de trigos bem próximo dali, a plantação estava se movendo e vinha um barulho de lá "Zzzzzzt", me aproximei para verificar e eis que surge um bichinho comprido de cor verde e com a linguinha de fora, me deu um bote com seus dois dentinhos afiados e me envenenou, porém era bem fraco o veneno dele. Foi suficiente usar minha Rapier apenas duas vezes para mata-lo e continuei em direção ao norte. Encontrei um outro explorador próximo a uma montanha, ele estava level 7 matando um inseto meio redondo com uma casca grande em cima do corpo. Assim que o ajudei a matar o besourinho, avistei um buraco no chão, curioso que sou, botei a caroça pra ver o que havia em baixo e TCHARAM! Sem querer eu caí lá em baixo, rapidamente acendi minha tocha e vi que era uma caverna cheia de pedras, um leve cheiro típico de percevejo, já vinham dois besouros na minha direção, eu tava apanhando bastante incapaz de me defender por completo, já ficando fraco demais quando reparei e fiquei desesperado, CARA, CADÊ A ESCADA PRA SUBIR? De onde eu estava, eu berrei por socorro e ajuda, o carinha level 7 gritou lá de cima dizendo que eu precisava de uma corda pra subir, puts, como consigo uma corda? Os besouros me batendo e eu já ficando muito fraco, quando ele disse: "Rapazinho, fica onde há claridade, vou jogar uma corda, você segura e assim eu posso puxar você aqui para cima!". Feito, agarrei firme, ele puxou e felizmente cheguei ao térreo são e salvo, que sufoco! Esse cara é gente boa, hein. Se não fosse ele, onde eu estaria agora? Depois disso tudo, perguntei o nome dele, ele respondeu Actus.

Ele me explicou que não era bom pular nos buracos sem antes ter uma corda na sacola e também perguntou se eu queria me juntar a ele, porque onde ele estava indo era totalmente conveniente pra mim, lá tinha Trolls e matando-os era uma forma de conseguir a tal corda, pois estes sempre andavam com cordas.

Um pouco mais ao norte, bem próximo dali, nós encontramos uma construção em ruínas, descemos na masmorra que lá havia, acendemos nossas tochas e reparei que o terreno por lá era bem assemelhado ao do bueiro, porém o cheiro era diferente, jamais imaginava que havia um cheiro pior que o bueiro!  Actus e eu fomos a fundo na caverna, andamos por alguns minutos e já podíamos ouvir uns sons bem baixinho "Gruntz!".  Passamos por uma escada que dava acesso para o andar de baixo e seguimos em frente, cada vez mais a masmorra ficava mais apertada, apagamos nossas tochas e sorrateiramente, ainda escondidos nós avistamos um grupo de Trolls, eles tinha forma de humano, pelos de cor marrom por todo corpo, os cabelos um pouco avermelhado. Eram em três, dois sentados no chão perto de uma fogueira improvisada e um escorado na parede da caverna um pouco mais distante, e agora? Eram três contra dois, porém Actus teve uma ideia maravilhosa, jogou uma pedra atraindo a atenção deles, um deles se levantou e veio checar o ocorrido, empunhando um porrete com ferros na ponta, veio lentamente na nossa direção,  o Actus conseguiu empurra-lo sem que ele visse, afastando mais ainda dos outros dois Trolls! Genial! O Troll rapidamente se virou e com seu porrete e atacou-o, Actus conseguiu se defender usando o escudo e revidou com um machado de mão, assim que  o Troll deu uma brecha eu entrei em ação, acertei minha Rapier em um dos braços dele, ele furiosamente se virou pra mim e jogou o porrete no meu ombro esquerdo, que dor! Actus o finalizou pelas costas cortando a garganta dele, consequentemente eu senti aquela sensação maravilhosa de novo. Level 4, que maravilha de coisa. Fuçamos o corpo dele e achei a bendita corda que eu procurava entre outras coisas boas, um elmo e par de botas de couro e por último um útil escudo de madeira.
Troll, ilustração


Depois de matar esse humanoide marrom, nós já estávamos com fome e sede, resolvemos ir embora da masmorra, do lado de fora já estava frio e quase anoitecendo, no caminho voltando para cidade esbarrei com meu grande amigo Jaker muito debilitado, ele estava sendo perseguido por um Urso, uma assustadora criatura gorda com patas enormes, unhas afiadas e dentes tenebrosos, pelos bonitos de cor marrom escuro, grunhindo ferozmente com sangue nos olhos e faminto por presas, mais que de pressa eu e Actus partimos para cima do Urso, chamamos sua atenção para que Jaker pudesse escapar, porém o Urso desviou da gente e saltou em cima do Jaker, o derrubando e ficando por cima dele, no exato momento em que Urso ia morder-lo, Actus conseguiu encaixar o escudo na boca do bichano, confesso que nesse momento eu fiquei perplexo, totalmente sem reação! Actus chutou o Jaker para longe do Urso e bravamente com seu bendito machado cortou uma das patas dianteira do urso que saiu correndo em direção à floresta. Jaker estava muito doente, com os dois braços quebrados e alguns ossos de seu torço, por muito pouco ele não morreu. Corremos para cidade e atravessando a ponte o guarda Dallheim perguntou se precisávamos de ajuda e misticamente curou bem pouco o nosso querido Jaker. Obrigado seu guardinha. 

Nós três prometemos vingança contra essa besta que quase levou com ele um grande amigo, custe o que custar, vamos ter a cabeça desse urso! Esperaremos o Jaker se recuperar totalmente para ir atrás desse Urso maldito!

Já era noite, nós coletamos alguns trigos na parte de fora da cidade, pegamos diversos baldes d'água e fomos ao moinho fazer pães. Ficamos reunidos até uma certa hora e cada um foi para seu canto.



Estou exausto e preocupado com a recuperação do Jaker, porém feliz, hoje consegui achar as coisas que estava mais precisando, o escudo e corda! Já tarde da noite e eu estava indo para meu poço preferido, no caminho encontrei o Tom, que gentilmente me ofereceu a sala da casa dele para eu dormir. Obrigado Tom!! Não sentirei frio essa noite! 



Próximo Cap.: "03 - Ajude o Seymour"

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Cap. 01 - Começando do zero

Algum mês em 1997


De repente abri os olhos, eu punhava uma pequena e fraca clava, uma tocha, uma jaqueta marrom e uma maçã deliciosa, olhei ao redor e me dei conta eu estava em uma sala onde existia um rapaz, ele me contou que era um monge e era chamado de Cipfried, ele me disse que eu estava no universo Tibiano, numa ilha conhecida como Rookgaard, contou mais algumas coisas também das quais eu não fazia ideia. Ele disse que aquilo era um templo. Nossa!! Um templo, afinal, como fui parar ali? Que lugar era esse? O que é um templo???


Assim que eu saí desse templo encontrei muitas pessoas que usavam a mesma roupa que eu, hãn?? Não entendi nada, era uma gritaria, um empurra-empurra!

Eu estava me sentindo solitário, conversei com algumas pessoas e descobri que estávamos caminhando exatamente a cima dos ratos! Mas eu nunca ouvi falar nisso antes, o que será ratos? E então um cara chamado Jaker, level 4, me chamou pra ir ver-los. Disse que iria me mostrar como enfrenta-los! OK!! VAMOS LÁ!

Ele abriu uma tampa no chão, era tipo uma grade, sei lá, disse que aquilo se chamava bueiro, e ele entrou,  bem no meio da rua, eu curioso e assutado, fui logo atrás. Ao descer, olhei bem atentamente ao redor, havia uma escada para subir de volta para o térreo, um pequeno córrego em volta da gente, uma ponte, duas alavancas, uma bacia com carvão em brasas, o que nos fornecia claridade, mas mesmo assim era um breu aquele lugar e tinha um cheiro horrível! Sinto vontade de vomitar só de lembrar, urgh!

Não demorou muito tempo e apareceram umas criaturas pequenas, peludas, que pareciam inofensivas, confesso que achei até fofinhas, hahaha ratos.... Mas cara, eles começaram a nos atacar!!! E esses bichinhos mordiam forte, arranhavam, puts! A cada mordia eu me sentia mais fraco, pernas bambas, uma sensação horrível, o Jaker ficou tranquilo, com uma espada na mão e um escudo na outra, ele batia com uma certa facilidade nos ratos, até que então ele matou-os e eu não acreditei no que meus olhos viram!! De alguma forma eu percebi que ele ficava mais experiente a cada rato que ele matava, o quê??? Como assim? Continuamos andando e matamos mais alguns ratos. Até que um momento ele evoluiu seu level para 5, por um estante ele parecia ter ficado mais forte, ele era tão corajoso! Fiquei admirado por esse cara, fiquei fã mesmo, rapaz!

Fomos mais a fundo daquele bueiro nojento, matamos bastante ratos, até que então, BOOM, cara, que sensação maravilhosa, eu evoluí meu level!!! Me senti mais saudável, mais forte! Aaah!  Estou agora level 2, e detalhe, eu e Jaker fizemos uma busca a fundo, conseguimos achar uma espada para cada um! Eu achei a espada magnífica, muito mais forte do que aquela clava que eu estava usando, Rapier o nome dela! Achei essa espada fuçando um baú alguns andares abaixo do bueiro... Poucos instantes depois fiquei com fome e sede, aqueles queijos que os ratos estavam fornecendo não eram suficiente. Já estava tarde, eu queria dormir. Então voltamos à superfície. Jaker continuou sua empreitada e eu fiquei escorado num poço próximo ao bueiro... Peguei uma água dali mesmo, me aconcheguei naquele gramadinho e descansei...AAAAh cara, que jornada!! Estou exausto!

Amanhã pretendo ir até onde Jaker me convidou, atravessar a ponte para o norte, o que será que tem por lá??



 "Próximo Cap.: 02 - O humanoide marrom"