terça-feira, 8 de novembro de 2016

Cap. 05 - Adeus Rookgaard

Naquela tarde preenchida de satisfação resolvi partir da ilha de Rookgaard e finalmente reencontrar o Actus.

 Porém.....

...Seymour já confiava em mim, o que tornou mais fácil ele me emprestar alguns dos velhos livros da biblioteca, o acompanhei até o fundo e em uma pratilheira lotada de livros quase no mesmo lugar onde ele havia pego o livro sobre as criaturas,  ele pegou os quatro aparentemente mais antigos, com as capas quase despencando, rasgos nas beiras e um forte tom amarelado, assoprou-os e ao mesmo tempo tossiu, deu umas pequenas palmadas em um de cada vez e olhou para mim com um olhar desafiador e finalmente estendeu suas mãos em minha direção, entregando os livros. Guardei na mochila aqueles livros maltratados pelo tempo e fui até o meu querido poço e um por um fui lentamente sugando todas aquelas informações ali disponíveis.

O primeiro livro falava: 
"Os druidas: Druidas concentram-se nas magias de natureza e adquirem grandes poderes de cura. Eles também são adeptos ao uso de alguns feitiços ofensivos e protetores."

O segundo:
"O feiticeiros: Os feiticeiros são mestres da magia. Eles possuem um enorme arsenal de feitiços de proteção e destruição."

O terceiro:
"Os paladinos: Paladinos são grandes arqueiros e também suas lanças dificilmente erram seus alvos. Eles são capazes de lançar alguns feitiços menores de cura e proteção."

O quarto:
"Os cavaleiros: Os cavaleiros são incomparáveis no combate próximo. São mestres na maioria das armas e escudos. Um cavaleiro experiente pode infligir enormes danos, mesmo com as armas menores"

Logo depois de ler todos esses livros, mas ainda indeciso, eu fui encontrar com Katdeen que também já estava preparada para partir de Rookgaard, algo me dizia que ela já estava totalmente decidida em qual se especializar, mas o e Jaker?  Ele ainda estava se recuperando e não era experiente o suficiente para abandonar a ilha, mesmo assim fui até ele deixar os livros para que pudesse decidir. O que será que o Jaker iria escolher?

Fui até o moinho que era onde o Jaker estava, chegando lá entreguei o livro a ele e disse que iria partir, ele então respondeu:


Jaker - "O que são esses livros, Mur?" - Com um olhar intrigado.

Murlock - "Ajudar a você decidir o que escolher como profissão." - Respondo dando um leve sorriso.

Jaker - "Talvez eu seja arqueiro, e você, falou com o Seymour?" - Pergunta ainda intrigado.

Murlock - "Falei, ele ficou imensamente grato, me deu esses livros e um capacete legionário.." - Ainda sorrindo.

Jaker - "Acho que depois de tudo o que passei, eu mereço ter esse capacete, não acha Murlock?" - A expressão facial dele já mudou.

Murlock - "Não entendi, o que quis dizer com isso?" - Inocentemente eu questionei.

Jaker - "Você vai me dar o capacete ou não?" - Aumentando o tom de voz com um pouco de raiva.

Murlock - "Eu te dou esse capacete, mas já não basta a cabeça do Urso que quase te matou?" - Ainda sem entender completamente.

Jaker - "Relaxa cara, não quero mais capacete nenhum, você vai partir sem mim?" - Visivelmente irritado.


Nesse momento eu ainda sem entender muita coisa, apenas tirei meu capacete e entreguei para ele, que se recusou a pegar, eu insistindo que o pegasse, até que ele deu um tapão no capacete jogando longe e gritou que não precisava e com um tom ameaçador disse que nos encontraríamos em Mainland. Perguntei se ele iria pegar o capacete que zuniu longe, veio uma resposta singela e grossa: "NÃO!". Rapidamente meu sangue subiu! Fiquei perplexo, sem acreditar e sem saber como reagir aquilo. Respirei e humildemente fui até onde ele jogou o capacete, botei na cabeça, olhei para trás e o vi sentado no chão um pouco debilitado e com as mãos em um balde de água, pronto para molhar seu rosto. Então muito triste eu fui embora seguir meu caminho.



O dia estava quase terminando e o sol já não aquecia tanto, me encontrei com a Katdeen e resolvemos finalmente partir juntos para o grande continente. Ficamos assustados quando descobrimos que O Oraclo era uma estátua mágica e poderosa, que ficava numa bela sala encima da biblioteca, iluminada com algumas bacias com carvões em brasas e com um tapete luxuosíssimo e vermelho no centro, muito respeitada por todos que passaram por Rookgaard, era ela que liberava nossa passagem para o grande continente, ela que nos dava o dom da profissão que a gente escolhesse. Enquanto Katdeen falava com O Oraclo eu fiquei observando aquela escandalosa estátua não era capaz de falar, ela APENAS GRITAVA! Com um tom intimidador. 


Ela foi para a cidade de Thais, disse que tinha conhecidos lá, então eu resolvi me juntar a minha amada arqueira (coisa que obviamente ela não sabia, porém acredito que desconfiava). Era minha vez de falar com a estátua! Finalmente precisava decidir o que aprender, de tudo que li eu achei interessante a questão da feitiçaria, porém eu estava apaixonado em manejar minha Rapier e não poderia escolher alguma outra profissão para aprender que não fosse cavaleiro. Com aquele tom intimidador ela pergunta várias vezes se eu tenho certeza de tudo, até o momento que proferi o último "sim"

Instantaneamente ganhei uma passagem para a cidade de Thais, abrindo meus olhos e me encontrando em um templo gigante, bem maior que de Rookgaard. Lá havia um outro monge também vestido com uma enorme batina marrom e mau cheiroso, chamado Quentin, dizia não ter trabalho e viver apenas para os deuses, questionei sobre os deuses, ele apenas respondeu apontando para os céus e abrindo os braços como um redentor: "Eles criaram o universo e toda vida nele"Ao parar para conversar com Quentin, Katdeen já havia sumido da minha visão, ela saiu pelo enorme portão em direção ao norte, me despedi do monge e fui em direção ao portão, avistando e reparando tudo ao meu redor, um pequeno jardim, um chão de pedras que parecia da ilha de Rookgaard.

Bastou dar apenas alguns passos e vejo Katdeen correndo desesperadamente em minha direção, trazendo consigo um som estrondoso de passos no chão, um altíssimo barulho como alguém andando descalço, sentindo o chão tremer levemente ficando cada vez mais intenso e segundos depois surge um enorme e musculoso braço na esquina da rua, logo revelando-se por completo, era um humano gigante com apenas um olho, um penteado de rabo de cavalo, usando uma pequena vestimenta tampando suas partes intimas e segurando um martelo de batalha, ele vinha a passos longos e rápidos, balançando tudo ao seu redor e assustando todos, era algo realmente assustador! Katdeen estava ilesa, porém totalmente amedrontada, chegou perto de mim me dando um abraço, soluçando de tanto chorar e com uma expressão facial que eu nunca tinha visto antes naquele lindo rosto. Não tínhamos opção do que fazer, aquela enorme criatura desconhecida estava vindo em nossa direção e por algum motivo eu sabia que meu escudo não seria capaz de defender enorme tamanho!



Ele jogou o martelo para trás e mirou a gente....


Continua...

Cap. 06 - Recepção calorosa!


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